Carmo da Cachoeira

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Baseados em depoimentos feitos por antigos moradores da cidade, soubemos um pouco da história deste município do sul de minas. Dizem eles estas paragens eram conhecidas como “deserto desnudo”. O local onde se encontra a cidade tinha o nome de “sítio da Cachoeira” e pertencia em parte aos Rattes. Três fazendas – Boa Vista, Retiro e Rancho Compunham a paisagem da região. Assim, os Rattes, moradores do sítio da Cachoeira e do “deserto desnudo” foram os primeiros habitantes do futuro povoado de Carmo da Cachoeira, hoje município de Carmo da Cachoeira. Em 1853, o lugar mais importante era a Fazenda Boa Vista, onde até eleições haviam, segundo documentos da época. Em 1842 passou-se a fazenda para distrito da Boa Vista. A primeira capela foi construída entre 1845 e 1847. A partir de 1848 as eleições foram feitas no povoado de Nossa Senhora do Carmo da Boa Vista. Em 1857, já distrito, a paróquia de Cachoeira do Carmo deixava de pertencer ao distrito da Boa Vista. A primeira igreja foi reformada e ampliada entre 1873 a 1875 e teve como diretor de obras o Sr. Severino Ribeiro Rezende. O primeiro cemitério que surgiu era apenas um cercado de bambus, no mesmo local onde se encontra o cemitério paroquial que foi ampliado entre 1922 e 1924 pelo então vigário, padre Teófilo Saez. Essas construções foram a marca inicial do povoamento de Carmo da Cachoeira. O terreno hoje ocupado pela cidade foi doado em parte pelos Rattes e outra parte pelo tenente-coronel da Guarda Nacional José Fernandes Avelino, que fez construir e nele residiu, o velho casarão situado na esquina da Praça do Carmo. Dizem que quando haviam sido construídas 100 casas, o arraial foi elevado à categoria de freguesia. Assim a capela era citada sendo a “capela de Cachoeira do Carmo no Município de Lavras do Funil”. Algumas personalidades marcaram o crescimento da cidade e foram eleitos vereadores especiais por Carmo da Cachoeira em Varginha: o Sr. Antônio de Rezende Vilela, o Dr. Moacir Rezende e o Dr. João Otaviano Veiga Lima. Em 1928 veio a Carmo da Cachoeira, como vigário, o cônego José Dias Machado, que resolveu desmanchar a velha matriz e construir outra mais de acordo com as necessidades da paróquia. O resultado é a matriz da Praça Nossa Senhora do Carmo. A praça foi inaugurada em 16 de julho de 1938. Em 17 de dezembro de 1938 foi criado o município de Carmo da Cachoeira, e em 1º de janeiro de 1939 tomou posse o seu primeiro prefeito, o Sr. Antônio Rezende Vilela, que ficou sete meses no poder, passando a prefeitura para seu filho Amintas de Oliveira Vilela. A Educação veio formalizada com a construção, em 1878, da Escola pública Feminina. Em 1903 dona Ana Evangelina Ximenes regia as aulas. A Escola pública Masculina tinha como regente Pedro Juvêncio de Souza. Em 1930 essas escolas foram transformadas em escolas reunidas. Em 1947 foi criado o Grupo Escolar “Monsenhor Nardi”, que hoje se chama “Pedro Mestre”. Hoje a cidade conta com nove escolas de 1º grau e uma de 2º grau. Atualmente Carmo da Cachoeira, conta com 11.125 habitantes espalhados pelos seus 507,3 km². Já conta com internet via rádio, através de uma ONG (AINCCA), além dos serviços fornecidos pela TELEMAR. Outra ONG é formada pelo grupo Trabalho e Dignidade: trabalha com mão-de-obra ociosa – fora da época da “panha de café”. É um movimento social alternativo. A renda per capita do município é de R$ 458,06 anuais – fonte IBGE. O GAPA – Sociedade protetora dos animais foi a primeira ONG implantada na cidade, em 2002, após um período de atuação em caráter informal e sem registro. Carmo da Cachoeira continua pertencendo ao grupo que a economia denomina “setor primário de produção”, isto é, agrário-rural. Nas ruas o povo, ao “jogar conversa fora”, comenta que a cidade não vai para frente porque a igreja matriz foi construída de costas para a entrada da cidade. Histórias que o povo conta.